10 Fatos sobre dor lombar que você devia saber
A dor lombar é a principal causa de incapacidade no mundo, afetando milhões de pessoas. Apesar disso, muitos mitos e crenças infundadas ainda influenciam negativamente a forma como tratamos essa condição.
Na minha prática como fisioterapeuta quiropraxista, sigo uma abordagem baseada em evidências científicas, garantindo que cada decisão terapêutica esteja alinhada com o que há de mais atual e eficaz na literatura.
Neste artigo, compartilho 10 fatos importantes sobre a dor lombar, conectando ciência e prática clínica para te ajudar a entender melhor o problema e buscar a melhor solução para você
1. A dor lombar raramente é sinal de algo grave
A maior parte das dores lombares é classificada como “inespecífica”, ou seja, não está associada a condições graves, como fraturas ou infecções. Estudos mostram que em mais de 90% dos casos, a dor não representa risco à saúde.
Na prática clínica:
Realiza-se um exame clínico detalhado para descartar possíveis condições sérias e encontrar aquilo que não funciona bem e levou ao processo de dor. Quando isso é feito, nosso foco passa a ser em traçar junto com o paciente, estratégias de alívio e reabilitação seguras e personalizadas para lidar com a condição encontrada no exame, trazendo tranquilidade e segurança ao paciente.
2. A dor não se agrava com o tempo
Ao contrário do que muitos pensam, a dor lombar não se intensifica com a idade. Estudos longitudinais indicam que, com o tratamento certo, os sintomas podem ser reduzidos e controlados ao longo do tempo.
Conexão com a prática:
No processo de apresentação do diagnóstico e tratamento abordamos a prática de educação em dor e ensinamos ao paciente sobre esse fato para reduzir medos desnecessários. Na clínica,esse processo de educação junto a criação de estratégias de gerenciamento de dor ajudam o paciente a ter mais confiança em sua capacidade de lidar com a dor e controlar sua progressão.
3. Movimento é fundamental para a recuperação
As evidências são claras: repouso prolongado pode piorar a dor. O movimento, por outro lado, ativa mecanismos naturais de alívio e promove a recuperação.
Como aplico isso:
Após o exame clínico e formulação do diagnóstico, o paciente recebe recomendações sobre o que pode ou não agravar seus sintomas e é explicado a importância do movimento para o processo de reabilitação. Ele é orientado a se manter ativo tentando manter a rotina dentro dos limites da dor e juntos desenvolvemos estratégias para gerenciar a dor. Por exemplo, pacientes que passam muito tempo sentados e sentem dores nessa posição podem receber recomendações para fazer mais pausas durante o dia para não ficar muito tempo na mesma posição ou mesmo exercícios para aliviar os sintomas após longos períodos sentado.
4. A postura não é a principal causa da dor
Estudos recentes mostram que não há uma relação direta entre postura e dor lombar. O problema geralmente está relacionado à falta de variação postural e não à “postura incorreta”.
Orientação prática:
Como no exemplo acima, incentivo meus pacientes a evitar posições prolongadas, independentemente de quão “corretas” elas pareçam. Variar as posturas ao longo do dia e fazer pausas para alongamentos simples são estratégias eficazes para controlar a intensidade, frequência e duração dos sintomas.
5. O estresse e as emoções influenciam a dor
Fatores como ansiedade, má qualidade do sono e estresse amplificam a percepção da dor, criando um ciclo de piora. A ciência confirma que esses fatores emocionais devem ser considerados no tratamento.
Minha abordagem clínica:
Incluo orientações para melhorar a qualidade do sono e estratégias para lidar com o estresse, como exercícios leves e técnicas de relaxamento. Além disso, explico ao paciente como a dor funciona, desmistificando medos desnecessários e também o impacto do estresse e sono na modulação da dor.
6. Flare-ups são comuns, mas não indicam lesão
Exacerbações temporárias da dor não significam dano estrutural. Geralmente, elas estão ligadas a mudanças na rotina, estresse ou aumento de atividades físicas.
Minha recomendação prática:
Oriento meus pacientes a manterem a calma durante um flare-up e a continuarem ativos, respeitando os limites do corpo. Recomendo que sigam a rotina de auto gerenciamento apresentada durante o atendimento e avalie o desfecho sobre a dor. Na maioria dos casos, revisar as ações das últimas 72h horas a procura de mudanças no estresse emocional, sono, hidratação, sobrecargas mecânicas e rotina de exercícios ajuda a identificar o possível gatilho para o aumento dos sintomas. Uma vez identificado se corrigirmos o fator que provocou essa irritação já conseguimos estabilizar o quadro. Junto a isso podemos usar estratégias analgésicas de relaxamento ou de recuperação para acelerar o processo.
Por exemplo uma pessoa com dor lombar que após uma discussão ou cobrança maior no trabalho( qualquer gatilho que gere um sentimento de ameaça) e começa a sentir mais dor. Após identificar esse fator como algo agravante o paciente já pode investir em alguma estratégia de gerenciamento de estresse como meditação ou alguma atividade de lazer e uma estratégia analgésica e de relaxamento para a lombar como realizar um treino aeróbico ou aplicar uma compressa quente na região.
7. Exercícios graduais protegem a coluna
Movimentar-se de forma segura e progressiva é uma das melhores estratégias para prevenir e tratar a dor lombar. Estudos indicam que o fortalecimento dos músculos estabilizadores reduz significativamente a recorrência da dor.
Aplicação na clínica:
Um dos fatores mecânicos que podem ter relação com a dor lombar é a falta de condicionamento físico. Nesse caso temos uma demanda para uso maior do que o corpo tolera o levando ao cansaço, seguido de fadiga e dor. Para esses casos, a parte de tratamento está em prescrever exercícios individualizados para fortalecer o core e outros músculos de suporte, garantindo que cada paciente avance no ritmo certo e sem sobrecarregar a coluna.
Um exemplo bem comum nesse caso está em pessoas que sentem dor lombar a muitos anos e que com o passar do tempo começaram a sentir dores maiores e mais frequentes. É muito comum observar a falta de condicionamento físico decorrente do sedentarismo em pacientes com esse perfil e parte do tratamento está em deixar essa mais forte ou mais resistente fisicamente.
8. Exames de imagem nem sempre são necessários
Pesquisas mostram que, em muitos casos, exames como ressonância magnética ou raio-X não são necessários e podem levar a diagnósticos excessivos.
Minha prática baseada em evidências:
O exame de imagem é complementar ao diagnóstico clínico, solicitando exames de imagem apenas quando há suspeita de condições graves ou ausência de resposta ao tratamento. A avaliação clínica detalhada é suficiente na maioria das situações.
9. Medicamentos e cirurgias são última opção
Embora possam ser úteis em alguns casos, medicamentos e cirurgias devem ser considerados como última opção, após tentativas de tratamentos menos invasivos.
Minha abordagem:
A abordagem médica e fisioterapêutica são distintas, por isso, quando necessário, recomendo aos pacientes que consultem com um médico para saber se há necessidade do uso de medicamentos ou mesmo necessidade de intervenção cirúrgica. A abordagem fisioterapêutica será voltada para o movimento e funcionamento das estruturas e em casos mais graves pode ser necessário o encaminhamento médico ou mesmo um trabalho em conjunto.
10. Um tratamento eficaz é simples e baseado em ciência
Educação, exercícios adequados e ajustes no estilo de vida são pilares de um cuidado eficaz.
Como isso se reflete na clínica:
Existem no mercado muitas práticas sem comprovação científica ou obsoletas que quando usadas no tratamento podem aumentar o custo do tratamento ou mesmo prolongá-lo . Atuo como consultor para ajudar meus pacientes a entenderem sua condição e escolherem a melhor opção para alcançar os resultados que buscam.
Conclusão
A dor lombar não é um destino inevitável. Com o conhecimento certo e um plano de tratamento baseado em evidências, você pode recuperar a funcionalidade e viver sem limitações.
Se você busca um tratamento que una ciência e prática clínica de forma personalizada, agende uma consulta. Vamos trabalhar juntos para transformar a forma como você cuida da sua coluna!

Fisioterapeuta Mateus Leite
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