Prevenir e tratar a artrose com fisioterapia: guia completo
Introdução
Você já ouviu alguém dizer que a artrose é “coisa da idade”? Apesar de ser mais comum após os 50 anos, a artrose não é exclusividade dos idosos. Trata-se de uma das doenças articulares mais prevalentes no mundo, responsável por limitar atividades simples do dia a dia, como subir escadas, caminhar ou até segurar objetos. No Brasil, estima-se que mais de 15 milhões de pessoas convivem com a artrose, e ela representa cerca de 30% das aposentadorias precoces por incapacidade laboral [1].
Além disso, pesquisas recentes mostram que cerca de 80% das pessoas com artrose apresentam limitação funcional significativa em algum momento da vida, e até 40% relatam impacto negativo direto em atividades sociais e emocionais, como sair para dançar ou viajar com a família [2]. Portanto, fica claro que a artrose não afeta apenas a saúde física, mas também repercute no bem-estar emocional e econômico da população. Outro dado relevante é que os custos globais relacionados ao tratamento da artrose e suas complicações já superam 2% do PIB de alguns países, segundo a Organização Mundial da Saúde. Logo, estamos diante de uma condição que ultrapassa o aspecto clínico e se torna um problema social. Assim, torna-se essencial conhecer formas de prevenção e tratamento da artrose.
O que é a artrose e como prevenir e tratar com fisioterapia?
A artrose, também chamada de osteoartrite, é uma doença degenerativa que afeta a cartilagem — o “amortecedor natural” das articulações. Quando essa estrutura se desgasta, os ossos ficam em atrito direto, o que causa dor, rigidez e inflamação. Assim, podemos comparar a articulação a uma dobradiça de porta que, sem lubrificação, começa a ranger e perder movimento. Além disso, é importante lembrar que esse desgaste não ocorre da noite para o dia; ele é resultado de um processo progressivo que pode ser desacelerado com os cuidados adequados. Por isso, falar em como evitar e controlar a artrose é fundamental. Em outras palavras, trata-se de entender como cuidar da artrose e recuperar mobilidade com fisioterapia.
Fatores de risco mais comuns:
Envelhecimento natural das articulações: após os 50 anos, a prevalência de artrose chega a quase 40% da população [3], já que a cartilagem perde água e elasticidade.
Sobrepeso e obesidade: cada 5 kg a mais de peso corporal pode aumentar em até 35% o risco de artrose de joelho [4]. Por exemplo, subir escadas com excesso de peso equivale a carregar mochilas extras sobre os joelhos todos os dias.
Lesões articulares prévias (esportivas ou traumáticas): atletas que sofreram entorses graves ou cirurgias de menisco têm risco até 3 vezes maior de desenvolver artrose precoce [2]. Portanto, quem já passou por essas situações deve redobrar os cuidados e buscar medidas de cuidado e tratamento da artrose.
Histórico familiar: alterações genéticas influenciam na composição da cartilagem, tornando algumas pessoas mais suscetíveis, mesmo que sejam ativas e com peso adequado. Logo, conhecer os antecedentes familiares ajuda na prevenção.
Movimentos repetitivos no trabalho ou no esporte: profissões que exigem agachamento constante (pedreiros, jardineiros) ou esportes de impacto (futebol, corrida em excesso) aceleram o desgaste articular. Dessa forma, estratégias de proteção articular se tornam fundamentais.
Sintomas da artrose e quando buscar tratamento fisioterapêutico
A evolução da artrose pode variar bastante de pessoa para pessoa. Contudo, alguns sinais são considerados marcantes e ajudam no diagnóstico precoce. Em geral, eles começam de forma leve e vão se intensificando ao longo dos anos se não houver intervenção. Entre os sintomas mais frequentes estão:
Dor e rigidez: especialmente ao acordar ou após longos períodos sentado. Estudos mostram que até 70% dos pacientes relatam rigidez matinal que dura em média 20 a 30 minutos [5].
Inchaço leve na articulação: pode aparecer após atividades mais intensas, como subir escadas ou caminhar longas distâncias. Além disso, aproximadamente 40% dos pacientes com artrose de joelho relatam episódios frequentes de inchaço.
Estalos ao movimentar: chamados de crepitação, são resultado do atrito aumentado entre as superfícies ósseas. Assim, muitas vezes o paciente percebe sons incomuns antes mesmo da dor intensa.
Dificuldade para realizar tarefas simples: como segurar copos, abrir tampas de frascos ou caminhar até o mercado. Dessa forma, estudos indicam que até 50% dos pacientes relatam limitação em pelo menos uma atividade diária essencial.
Perda progressiva da força muscular: consequência do desuso ou da dor constante, que faz a pessoa evitar movimentos. Portanto, essa fraqueza pode reduzir a estabilidade da articulação e aumentar o risco de quedas em até 30% em idosos.
Comparativo entre sintomas iniciais e avançados da artrose
Estágio inicial | Estágio avançado |
---|---|
Dor leve e intermitente, geralmente após esforço físico | Dor constante, até em repouso |
Rigidez matinal que melhora com movimento | Rigidez prolongada, que dificulta vestir-se ou levantar-se da cama |
Pequenos estalos ou crepitação | Estalos fortes e dor intensa ao movimentar |
Inchaço discreto após esforço | Deformidade visível na articulação e inchaço frequente |
Diminuição leve da força muscular | Perda significativa de força, dificultando atividades simples como segurar talheres ou caminhar curtas distâncias |
Esse quadro ajuda a compreender como a artrose evolui e reforça a importância de buscar ajuda logo nos primeiros sinais. Ademais, além do impacto físico, os sintomas podem gerar isolamento social, ansiedade e até depressão, já que muitas pessoas deixam de participar de atividades sociais ou de lazer por medo da dor.
Caso clínico ilustrativo
Maria, 62 anos, começou a sentir dores leves no joelho direito ao subir escadas. No início, atribuía o incômodo ao cansaço do dia a dia. Com o tempo, percebeu rigidez matinal que demorava cerca de 20 minutos para passar. Dessa forma, ao procurar avaliação fisioterapêutica, foi diagnosticada com artrose em estágio inicial.
O tratamento incluiu exercícios terapêuticos de fortalecimento, orientações posturais e sessões de terapia manual. Após 3 meses, Maria relatou redução de 70% da dor, voltou a caminhar diariamente no parque e conseguiu brincar com os netos sem limitações. Esse exemplo mostra como a intervenção precoce pode transformar a qualidade de vida de quem convive com artrose.
Tratamento fisioterapêutico para prevenir e tratar a artrose
A fisioterapia é considerada tratamento de primeira linha para artrose, recomendada por diretrizes internacionais como a [6]. O objetivo principal é reduzir a dor, melhorar a mobilidade e prevenir a progressão da doença. Além disso, ao contrário do que muitos pensam, o tratamento fisioterapêutico não se limita apenas a exercícios: ele é amplo, individualizado e adaptado à rotina do paciente. Assim, podemos falar em tratamento fisioterapêutico para prevenir e controlar a artrose. Em resumo, trata-se de investir em exercícios fisioterapêuticos para artrose.
Recursos utilizados na fisioterapia ortopédica
Na Valore Fisioterapia, o paciente passa por uma consulta fisioterapêutica individualizada, onde é definido o protocolo mais adequado. O tratamento pode incluir:
Exercícios terapêuticos: fortalecimento muscular, alongamentos e treino de equilíbrio. Revisões recentes confirmam que exercícios regulares reduzem em média 30% da dor e melhoram em 20 a 40% a função articular em pacientes com artrose de joelho [7,8]. Portanto, incluir exercícios adaptados à realidade de cada paciente é um passo essencial.
Terapia manual: técnicas para aliviar dor, melhorar a mobilidade e reduzir rigidez. Além disso, ensaios clínicos mostram que a combinação de terapia manual com exercícios potencializa os resultados em até 15% em comparação com exercícios isolados [9]. Logo, associar diferentes recursos costuma gerar respostas mais rápidas.
Recursos tecnológicos complementares: como terapia com fotobiomodulação e uso do ultrassom terapêutico em reabilitação. Dessa forma, estudos apontam melhora da dor em até 25% quando utilizados como adjuvantes no tratamento conservador [10].
Correção postural: quando necessário, pode incluir o uso de palmilhas posturais na reabilitação. Alterações na pisada podem aumentar em até 20% a carga sobre joelhos e quadris. Assim, as palmilhas redistribuem essa carga, reduzindo o risco de progressão da doença.
Alívio da dor com quiropraxia, em casos indicados.
Além disso, o tratamento de lesões com fisioterapia ortopédica é essencial para prevenir complicações associadas, como contraturas e novas lesões. Portanto, incluir esse acompanhamento no plano terapêutico é uma medida preventiva valiosa. Em contrapartida, ignorar os sintomas pode agravar o quadro.
Prevenção da artrose com fisioterapia e hábitos saudáveis
Embora fatores como idade e genética não possam ser modificados, é possível adotar estratégias que reduzem bastante o risco de desenvolver ou agravar a artrose. Assim, pense na prevenção como a manutenção de um carro: quanto mais cedo você cuida, menor a chance de enfrentar um problema maior depois. Além disso, investir em prevenção traz ganhos não só físicos, mas também financeiros e emocionais. Em resumo, trata-se de prevenir a artrose e melhorar a mobilidade. Também é uma forma eficaz de controle e tratamento da artrose por meio da fisioterapia.
Manter peso saudável: estudos mostram que a perda de apenas 5 a 10% do peso corporal reduz de forma significativa os sintomas da artrose de joelho [11].
Praticar atividade física regular: exercícios de baixo impacto, como caminhada, natação e pilates, fortalecem músculos e protegem as articulações. Ademais, eles contribuem para o controle do estresse e da ansiedade.
Evitar o sedentarismo: movimento é fundamental para a saúde articular. Aliás, permanecer longos períodos sentado pode aumentar em até 60% o risco de progressão da artrose em pessoas predispostas [3]. Portanto, fazer pausas ativas ao longo do dia é uma medida simples e eficaz.
Cuidar da postura no dia a dia: pequenas mudanças, como ajustar a altura da cadeira ou usar apoio para os pés, podem reduzir sobrecargas. Portanto, adotar ergonomia adequada é essencial.
Buscar avaliação fisioterapêutica precoce: ao sentir dor ou rigidez, não espere a progressão dos sintomas. Afinal, um fisioterapeuta pode identificar alterações sutis antes que a dor se torne crônica. Logo, agir cedo aumenta as chances de preservar a função articular.
Conclusão
A artrose pode até não ter cura, mas o tratamento fisioterapêutico para artrose oferece resultados significativos no controle da dor e na melhora da funcionalidade. Quanto antes começar, maiores as chances de manter a qualidade de vida e a independência nas atividades diárias. Além disso, a combinação de fisioterapia, hábitos saudáveis e cuidados posturais cria um efeito protetor que prolonga a autonomia. Assim, quando pensamos em prevenir e tratar a artrose com fisioterapia, falamos em recuperar qualidade de vida e manter a independência por mais tempo. Em síntese, investir em fisioterapia é a melhor maneira de reduzir dor e rigidez da artrose com fisioterapia.
Dicas práticas finais
Mantenha um diário da dor e das atividades. Dessa forma, será possível acompanhar a evolução do controle e tratamento da artrose por meio da fisioterapia.
Não negligencie sinais iniciais. Afinal, quanto antes houver intervenção, melhores serão os resultados no tratamento fisioterapêutico para artrose.
Combine fisioterapia com hábitos saudáveis. Logo, o impacto positivo será ainda maior para quem deseja cuidar da artrose e recuperar mobilidade com fisioterapia.
Use recursos simples no dia a dia. Por exemplo, cadeiras na altura correta e pausas no trabalho podem aliviar a sobrecarga articular e ajudar a reduzir dor e rigidez da artrose com fisioterapia.
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Referências
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HUANG, Z. et al. Effectiveness of ultrasound therapy

Fisioterapeuta Mateus Leite
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