Fisioterapia no tratamento de fraturas

Quem já sofreu uma fratura sabe o quanto esse tipo de lesão é traumático, doloroso e exige um longo tempo de recuperação. Além da dor física, o impacto emocional é significativo, uma vez que muitas vezes a fratura ocorre em momentos inesperados e pode gerar dificuldades nas atividades do dia a dia. Nesse processo, a fisioterapia desempenha um papel fundamental. Com diversas técnicas e recursos, os fisioterapeutas conseguem acelerar a cicatrização, diminuir o tempo de recuperação e ajudar o paciente a voltar à sua rotina normal com segurança.

A fratura: o que acontece no corpo?

Quando ocorre uma fratura óssea, o impacto não é apenas sobre o osso. A dor intensa, a lesão dos tecidos ao redor (como músculos, ligamentos e tendões) e a imobilização prolongada podem gerar diversas complicações. Além disso, a limitação de movimentos e a perda de força nas áreas afetadas fazem parte do quadro inicial. Todo esse processo de recuperação pode ser prolongado, impactando a saúde física e emocional do paciente.

Fraturas também podem desencadear sintomas como irritação, ansiedade, e até mesmo episódios de depressão, devido à incapacidade temporária de realizar as tarefas cotidianas. Portanto, a aceleração do processo de cicatrização e o tratamento adequado são cruciais para minimizar os transtornos e permitir uma recuperação mais rápida.

O processo de cicatrização de uma fratura

O tempo de recuperação de uma fratura varia de acordo com vários fatores, como a localização da lesão, a gravidade da fratura, a idade do paciente e o tipo de tratamento realizado. Normalmente, uma fratura leva entre 8 a 12 semanas para consolidar, mas em casos mais graves, esse tempo pode chegar a até 16 semanas. O processo de cicatrização envolve a formação de novo tecido ósseo e, ao longo do tempo, o fortalecimento da área fraturada.

As fraturas podem ser tratadas de duas formas principais: tratamento cirúrgico e tratamento conservador.

  • Tratamento cirúrgico: Este tipo de tratamento é utilizado em fraturas mais graves, onde o osso precisa ser estabilizado com a ajuda de materiais como fios, placas, parafusos, pinos ou hastes intramedulares. A cirurgia permite uma fixação precisa e proporciona um ambiente favorável para a cicatrização do osso.

  • Tratamento conservador: Em fraturas menos graves, pode-se optar por métodos mais simples, como a imobilização com gesso, talas ou tipoias. Embora esses métodos não envolvam cirurgia, a estabilização do osso é igualmente importante para garantir a recuperação.

Independentemente do tipo de tratamento adotado, o fisioterapeuta precisa estar ciente do procedimento realizado pela equipe médica para poder adaptar o tratamento e ajudar o paciente a recuperar sua funcionalidade o mais rápido possível.

O papel da fisioterapia na recuperação de fraturas

Após a fratura, a fisioterapia tem um papel vital na recuperação do paciente. O tratamento fisioterapêutico não se limita à recuperação do osso, mas também abrange a reabilitação dos tecidos danificados ao redor da fratura, como músculos, tendões e ligamentos. O objetivo principal é restaurar a função normal da parte afetada, prevenir complicações como atrofias musculares e perda de movimento e acelerar a recuperação geral.

Os principais objetivos da fisioterapia durante a reabilitação incluem:

  • Restaurar a função: Garantir que o paciente recupere a capacidade de realizar movimentos normais.
  • Prevenir complicações: Evitar atrofia muscular, rigidez nas articulações e perda de força.
  • Otimizar a recuperação: Ajudar a reduzir o tempo de recuperação e acelerar a consolidação óssea.

Para alcançar esses objetivos, o fisioterapeuta pode usar uma variedade de abordagens, incluindo terapia manual, exercícios terapêuticos, e recursos físicos como calor, frio, laser, ultrassom terapêutico, entre outros.

Técnicas de tratamento fisioterapêutico

O tratamento de fraturas com fisioterapia envolve uma série de técnicas especializadas. As abordagens mais utilizadas incluem:

1. Exercícios terapêuticos

A realização de exercícios terapêuticos é uma parte fundamental do tratamento de fraturas. Durante o período de recuperação, os exercícios têm o objetivo de:

  • Manter a mobilidade nas articulações próximas à fratura, evitando rigidez.
  • Fortalecer a musculatura ao redor da área afetada, prevenindo a atrofia muscular.
  • Restaurar a amplitude de movimento, melhorando a flexibilidade e evitando a perda de mobilidade.
  • Condicionamento cardiorrespiratório, já que a imobilização pode limitar a atividade física geral.

2. Ultrassom terapêutico (LIPUS)

O ultrassom terapêutico, especialmente a ultrassonografia pulsada de baixa intensidade (LIPUS), é uma técnica altamente eficaz na aceleração da cicatrização óssea. Essa terapia não invasiva utiliza ondas sonoras de alta frequência para penetrar nos tecidos, promovendo a regeneração óssea e acelerando a recuperação.

O ultrassom terapêutico tem mostrado resultados positivos no estímulo à formação de novo tecido ósseo, o que acelera o processo de consolidação da fratura. Além disso, ajuda na redução da dor e na melhora da circulação sanguínea no local da lesão, o que contribui para a redução do tempo de recuperação.

3. Fotobiomodulação (laserterapia)

A fotobiomodulação, ou laserterapia, é outro recurso amplamente utilizado no tratamento de fraturas. O laser de baixa intensidade estimula a regeneração celular e ajuda a controlar a inflamação. Essa técnica promove a cicatrização mais rápida dos tecidos afetados pela fratura e ajuda na recuperação da força muscular e da mobilidade da articulação envolvida.

Além disso, a laserterapia reduz a dor, acelera a reparação dos tecidos danificados e melhora a circulação sanguínea, otimizando o processo de recuperação e garantindo que o paciente retorne mais rapidamente à sua rotina.

4. Terapia manual e cinesioterapia

A terapia manual envolve técnicas manuais realizadas pelo fisioterapeuta para mobilizar as articulações e aliviar a dor. Essa abordagem também inclui a massagem terapêutica, que ajuda a relaxar os músculos tensionados e reduz o risco de atrofia muscular. A cinesioterapia, por sua vez, é a utilização do movimento terapêutico para recuperar a função e a força do corpo após a fratura.

5. Reabilitação funcional

Uma parte fundamental do tratamento é a reabilitação funcional, que envolve uma série de exercícios para restaurar a função normal da parte afetada. Isso inclui o fortalecimento dos músculos ao redor da fratura e a melhoria da coordenação motora para facilitar o retorno às atividades cotidianas.

Prevenção de atrofia muscular e perda de função

Uma das complicações mais comuns durante a recuperação de fraturas é a atrofia muscular, que ocorre devido à imobilização prolongada da área lesionada. A fisioterapia desempenha um papel essencial na prevenção dessa atrofia. Com exercícios adequados, o fisioterapeuta pode estimular a musculatura a trabalhar novamente, prevenindo a perda de massa muscular e garantindo que o paciente recupere a força necessária para retomar suas atividades normais.

Além disso, ao evitar a rigidez nas articulações e ao melhorar a flexibilidade, a fisioterapia também previne a perda de movimento, um problema comum após fraturas que pode afetar a qualidade de vida do paciente a longo prazo.

Controle da dor

O controle da dor é uma parte importante do tratamento fisioterapêutico, especialmente nos primeiros estágios de recuperação. Técnicas como a crioterapia (aplicação de gelo), o uso de calor, a terapia a laser e o ultrassom terapêutico ajudam a reduzir a dor, promovendo alívio imediato e permitindo que o paciente avance mais rapidamente nas sessões de fisioterapia.

Retorno à rotina

O objetivo final da fisioterapia no tratamento de fraturas é garantir que o paciente retorne à sua rotina normal de forma segura e sem limitações. Com o uso das técnicas e abordagens adequadas, o fisioterapeuta ajuda o paciente a recuperar a funcionalidade da área afetada e retomar suas atividades diárias, como caminhar, subir escadas e, eventualmente, realizar exercícios físicos de intensidade mais alta.

Conclusão

A fisioterapia é um aliado indispensável no processo de recuperação de fraturas. Com técnicas especializadas como ultrassom terapêutico, fotobiomodulação, exercícios terapêuticos e terapia manual, o fisioterapeuta pode acelerar a cicatrização óssea, prevenir complicações como atrofia muscular, controlar a dor e garantir que o paciente retome suas atividades normais com segurança. Se você sofreu uma fratura, busque o auxílio de um fisioterapeuta especializado para garantir uma recuperação mais rápida e eficaz, permitindo que você volte à sua rotina o mais breve possível.

Facebook
Twitter
LinkedIn

Precisa de tratamento fisioterapêutico

Pronto para iniciar sua jornada rumo à recuperação? Agende agora mesmo seu tratamento fisioterapêutico na Valore Fisioterapia e dê o primeiro passo para uma vida livre de dor e limitações!

Veja mais artigos aqui

O bruxismo é o hábito involuntário de apertar ou ranger os dentes, que pode causar dores na face, desgaste dentário e até prejudicar o sono. Neste artigo, você vai entender como a fisioterapia atua no diagnóstico e tratamento do bruxismo, quais são as técnicas utilizadas (como terapia manual e fotobiomodulação), além do papel dos exercícios de mobilidade, coordenação e atividade aeróbica no controle dos sintomas. Descubra também dados sobre prevalência, prognóstico e como a Valore Fisioterapia oferece um plano personalizado de cuidados para melhorar sua qualidade de vida.

Leia mais »

O estresse pode se instalar silenciosamente e gerar exaustão corporal e mental — com impactos que vão da fadiga à queda do sistema imunológico. Este artigo explica os sinais, aborda sua fisiologia, apresenta dados de prevalência e detalha as três fases do estresse, além de mostrar estratégias científicas para prevenção e tratamento.

Leia mais »

Passou por cirurgia bucomaxilofacial? A fisioterapia acelera sua recuperação, reduz dor, inchaço e devolve função mastigatória. Saiba como na Valore!

Leia mais »

A inflamação muscular no pescoço é uma condição comum que provoca dor, rigidez, espasmos e até sintomas irradiados para braços e cabeça. Este artigo explica em detalhes os principais sintomas, suas possíveis causas (como postura, esforço físico e estresse) e quando a dor no pescoço pode indicar algo mais sério. Também aborda o diagnóstico, tratamento e o papel da fisioterapia personalizada na recuperação funcional.

Leia mais »

A fisioterapia para bruxismo é uma abordagem eficaz e personalizada, que atua na causa muscular, articular e postural do problema. O tratamento inclui técnicas como terapia manual, exercícios terapêuticos, eletroterapia, relaxamento e reeducação postural, com o objetivo de aliviar dor, reduzir tensão, melhorar a função da articulação temporomandibular (ATM) e prevenir recidivas. O processo envolve avaliação clínica, plano individualizado, sessões regulares e orientações domiciliares. Além disso, cuidados complementares como controle do estresse, boa higiene do sono e uso de placas oclusais potencializam os resultados. A fisioterapia contribui significativamente para a melhora da qualidade de vida de quem sofre com bruxismo.

Leia mais »

Dormir bem é essencial para a saúde física, mental e emocional. O sono de qualidade regula hormônios, fortalece a imunidade, auxilia na memória e favorece a recuperação de processos inflamatórios e metabólicos. No entanto, estresse, uso excessivo de telas e hábitos inadequados têm prejudicado cada vez mais o descanso.

A higiene do sono consiste em práticas que ajudam a melhorar a qualidade do sono, como manter horários regulares, evitar luz azul antes de dormir, reduzir estímulos noturnos e criar um ambiente confortável. Sinais como cansaço durante o dia, irritabilidade, dores de cabeça e baixa produtividade podem indicar sono desregulado.

A prática regular de exercícios, exposição à luz natural pela manhã e evitar cafeína e álcool à noite também são estratégias eficazes. Além disso, o fisioterapeuta pode atuar na regulação do sono, tratando dores, tensões musculares, alterações respiratórias e estresse físico por meio de técnicas como terapia manual, neuromodulação e exercícios específicos.

Conclusão: Com ajustes simples na rotina e apoio profissional, é possível melhorar significativamente o sono e, com isso, a disposição, o humor e a qualidade de vida.

Leia mais »